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Cirurgia minimamente invasiva

As técnicas minimamente invasivas – ou percutâneas – já são estudadas há décadas atrás, tendo sido iniciadas por Morton Polokoff, que, em 1945, apresentou um sistema de cirurgia subdérmica usando instrumentos muito pequenos, como osteótomos e lancetas conectadas a uma fonte de corrente contínua para tratar patologias subungueais.

As técnicas minimamente invasivas – ou percutâneas – já são estudadas há décadas atrás, tendo sido iniciadas por Morton Polokoff, que, em 1945, apresentou um sistema de cirurgia subdérmica usando instrumentos muito pequenos, como osteótomos e lancetas conectadas a uma fonte de corrente contínua para tratar patologias subungueais.

Nos EUA e na Europa ela já é realizada desde 1990 e o uso dessa técnica em tratamento de patologias de pé e tornozelo têm evoluído muito rapidamente nos últimos anos. No Brasil, ela é realizada aproximadamente desde 2008 e vem apresentando boas taxas de sucesso. E com as pesquisas e aperfeiçoamento progressivo dessas técnicas, o índice de sucesso vêm aumentando evolutivamente.

As cirurgias minimamente invasivas, por não necessitarem de grandes incisões e cortes, causam menos trauma a partes moles e outras estruturas, proporcionando menores riscos de complicações e proporcionam rápida recuperação do paciente no pós-operatório. É uma técnica muito interessante e eficiente, que permite ao médico realizar intervenções nas partes moles e ósseas do pé e com o mínimo de trauma e com cortes pequenos, através de mini-brocas para realizar cortes e raspagens ósseas ou através de microcâmeras em que é possível a cirurgia por videoartroscopia.

Nos pés as cirurgias minimamente invasivas podem ser aplicadas para correção de diversas deformidades e patologias, como:

E nos tornozelos, como:

  • Lesões ligamentares
  • Impactos ósseos
  • Deformidade de Haglund
  • Tendinopatia do calcâneo (tendão de “Aquiles”)
  • Lesões cartilaginosas / osteocondrais das articulações

Porém nem sempre essa técnica é possível de ser indicada, sendo, portanto, a avaliação clínica com auxílio de exames radiológicos (radiografia ou ressonância magnética) de fundamental importância para determinar qual o melhor tratamento cirúrgico.

Em muitas ocasiões é comum realizar técnicas híbridas em que cirurgias abertas são associadas às técnicas percutâneas para tratamento de diferentes patologias no mesmo membro, sempre levando em consideração a gravidade da patologia, as condições e saúde da pele e partes moles associadas.

As grandes vantagens desse tipo de cirurgia minimamente invasiva é proporcionar um tempo cirúrgico mais curto e diminuir traumas em outros tecidos, o que ajuda a acelerar a recuperação pós-operatória. A utilização de materiais de síntese (parafusos ou “pinos” – fios de Kirschner) depende do tipo de cirurgia e qual planejamento cirúrgico realizado, mas em alguns casos, não há necessidade de uso deles.

Em muitos casos, o uso de órteses (botas ou sandálias ortopédicas) são necessárias e muletas ou andadores também são prescritos. Claro que há algumas restrições na rotina nos dias que procedem a operação, mas o paciente certamente retomará com rapidez suas atividades diárias e, em alguns casos, o paciente pode voltar andando para casa.

Dr. Marco Makoto realiza atendimento e cirurgias especializadas em pé, tornozelo e joelho e é membro da GRECMIP/ MIFAS (Groupe de Recherche et d’Etude en Chirurgie Mini-Invasive du Pied) – associação ortopédica européia dedicada ao estudo das técnicas cirúrgicas minimamente invasivas.

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